"Ok, tenho de ter certeza do que estou a ver", pensei, hesitante.
A chuva escorria-me pelas mangas do casaco, e as minhas pernas já sentiam o tecido frio e molhado das calças, mas... Tinha mesmo de tentar saber se estava à frente da minha descoberta ou se a imaginação (e a vontade de ver alguma emoção entrar novamente na minha vida) me estava pregar uma cruel partida.
Olhei em volta, à procura de uma vara suficientemente comprida que me permitisse tocar no sapato e vislumbrar um pouco mais da perna. Encostados à parede, alguns restos de recentes obras incluíam um tubo com o comprimento quase ideal.
Agarrei-o, húmido e sujo de terra, e desci cuidadosamente pela rampa de acesso dos barcos, mas tive de me esticar todo para conseguir tocar no sapato.
E, quando o fiz...
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
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