Quando me recompus do rasgo profundo no marasmo daquele Domingo que foi a descoberta do sapato e da respectiva perna, olhei em redor.
Não estava ninguém a passear nas imediações, não havia nenhuma alma à janela, não se ouvia qualquer som humano naquela manhã fria e chuvosa.
O que faço?
Agachei-me, para tentar inutilmente confirmar a minha visão anterior, mas os óculos estavam molhados das gotículas de chuva, e tirei-os para os limpar à minha camisola enquanto ganhava tempo para pensar sobre qual a melhor atitude a tomar... Denunciar? Calar? Comprar o almanaque Borda d'Água para saber qual a hora da próxima baixa-mar?
E a maré, entretanto, subia e submergia o objecto dos meus pensamentos...
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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