O sótão estava cheio. Pó, caixas de ladrilho cola, latas de tinta velha, sacos pretos de conteúdo indefinido, tudo formava uma estrutura de formas indistintas e cores baças.
Tossindo ligeiramente por reflexo, Humberto agachou-se enquanto se perguntava onde tinha deixado o que procurava. Pensava que estaria por ali, eventualmente debaixo de um dos sacos, ou atrás das caixas de materiais de construção... Removeu, arrastou, levantou, espreitou.
Lá estava ela.
Com a mão direita pegou-lhe, enquanto a esquerda amparava a queda de coisas diversas. Sacando a caixa, deixou que a gravidade levasse a sua avante, e o pó deu mais umas piruetas, à luz dos finos raios de sol que entravam pelas frestas dos azulejos transparentes.
"Cá estão os despojos de guerra". Abrindo a caixa que estava coberta de selos antigos, Humberto deu um mergulho em memórias de um continente e de uma vida que ficaram lá atrás, noutro tempo...
As mãos foram afastando com cuidado os objectos que o jovem furriel miliciano em Angola acumulou e guardou: umas munições de G3, algumas penas de pássaros exóticos, recortes de notícias da guerra e do futebol, postais da metrópole. Mas eram as fotografias que lhe interessavam.
Passou-as de dedos para dedos. Olhou bem. Retirou uma e sentou-se em cima das caixas sujas e frias, enquanto a certeza sem provas e baseada unicamente no instinto o ia soterrando na aflição.
"Queres ver que o Marques está por trás disto?", perguntava-se.
quarta-feira, 25 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
Surpresa
-"Humberto, Humberto, 'tás em casa?"
A mão fechada batia à porta com estrondo, acordando Humberto do seu sono de meio da tarde. Os joelhos já enferrujados ajudaram o corpo estremunhado a levantar do sofá, enquanto as folhas dos jornais esvoaçam para o chão, espalhando-se pelos ladrilhos.
Abrindo a porta, ainda lutando para se libertar de Morfeu, Humberto não consegue esconder um tom algo irritado pela forma intempestiva como Saúl se fez anunciar:
-"O que é que tu queres, porra? Chegas aqui aos grit..."
-"Tu sabes quem é o pai do rapaz que tiraram do rio todo esfacelado, pá? O Sabino!"
-"Sabino? Qual Sabino?"
-"O Sabino, pá, que esteve connosco em África na guerra, não te lembras? Acabei de receber uma chamada da mulher dele a informar que o funeral é amanhã...", e Saúl entrou e sentou-se na cadeira de madeira escura.
Humberto ficou em pé, à porta da sala, vendo o amigo sentado e a paisagem de folhas de jornal que coloriam o chão. Os neurónios perdiam o turvo demasiado lentamente para processar a informação recebida. "Dava tudo para beber um whisky...", pensa.
Saúl continua à espera.
-"Então, Humberto, isto diz-te alguma coisa sobre o crime, ou ainda não concluiste nada?"
-"Não, nem sequer me tinha apercebido dele lá. Já não vejo o Sabino há tantos anos que de certeza nem o reconheceria se nos cruzássemos na rua, quanto mais em fotografias de jornais..."
-"Pois, tu nunca foste muito de comparecer nos encontros da nossa malta... Bom, o funeral do miúdo é amanha, queres vir?", aquiesce em voz baixa Saúl, sem querer trazer ao de cima velhas memórias dos tempos ultramarinos.
-"Não, Saúl... Diz-me só uma coisa: o Sabino anda metido em alguma coisa de manhoso? Tens alguma ideia?"
-"Acho que não, ele tem uma lojinha de electrodomésticos que montou após a guerra, lá para os lados do Carregado", responde o pescador, convicto.
Afinal as suspeitas de o corpo poder ter sido largado mais a Norte confirmam-se. Provavelmente o assassino é daquela zona.
-"É verdade, pá, e aquilo do miúdo? Duas desgraças em Vila Franca na mesma altura, é galo...", perguntou Saúl. O amigo não respondeu, mas fechou o punho, a impotência latejando nas veias.
-"O Almeidinha também está derreado...", murmura Saúl, levantando-se como quem vai fazer mais alguma coisa (vício de pescador, sempre à procura de aproveitar mais um pouco do tempo).
-"Espera aí! O Almeidinha é o pai da criança que encontraram presa ao comboio??"
-"É, porquê? Em Vila Franca toda a gente fala nisso! Não sabias? Uma triste coincidência, dois ex-camaradas nossos perderem os filhos assim, de forma tão estúpida..."
As peças do puzzle começaram a formar uma imagem na cabeça de Humberto Sousa.
A mão fechada batia à porta com estrondo, acordando Humberto do seu sono de meio da tarde. Os joelhos já enferrujados ajudaram o corpo estremunhado a levantar do sofá, enquanto as folhas dos jornais esvoaçam para o chão, espalhando-se pelos ladrilhos.
Abrindo a porta, ainda lutando para se libertar de Morfeu, Humberto não consegue esconder um tom algo irritado pela forma intempestiva como Saúl se fez anunciar:
-"O que é que tu queres, porra? Chegas aqui aos grit..."
-"Tu sabes quem é o pai do rapaz que tiraram do rio todo esfacelado, pá? O Sabino!"
-"Sabino? Qual Sabino?"
-"O Sabino, pá, que esteve connosco em África na guerra, não te lembras? Acabei de receber uma chamada da mulher dele a informar que o funeral é amanhã...", e Saúl entrou e sentou-se na cadeira de madeira escura.
Humberto ficou em pé, à porta da sala, vendo o amigo sentado e a paisagem de folhas de jornal que coloriam o chão. Os neurónios perdiam o turvo demasiado lentamente para processar a informação recebida. "Dava tudo para beber um whisky...", pensa.
Saúl continua à espera.
-"Então, Humberto, isto diz-te alguma coisa sobre o crime, ou ainda não concluiste nada?"
-"Não, nem sequer me tinha apercebido dele lá. Já não vejo o Sabino há tantos anos que de certeza nem o reconheceria se nos cruzássemos na rua, quanto mais em fotografias de jornais..."
-"Pois, tu nunca foste muito de comparecer nos encontros da nossa malta... Bom, o funeral do miúdo é amanha, queres vir?", aquiesce em voz baixa Saúl, sem querer trazer ao de cima velhas memórias dos tempos ultramarinos.
-"Não, Saúl... Diz-me só uma coisa: o Sabino anda metido em alguma coisa de manhoso? Tens alguma ideia?"
-"Acho que não, ele tem uma lojinha de electrodomésticos que montou após a guerra, lá para os lados do Carregado", responde o pescador, convicto.
Afinal as suspeitas de o corpo poder ter sido largado mais a Norte confirmam-se. Provavelmente o assassino é daquela zona.
-"É verdade, pá, e aquilo do miúdo? Duas desgraças em Vila Franca na mesma altura, é galo...", perguntou Saúl. O amigo não respondeu, mas fechou o punho, a impotência latejando nas veias.
-"O Almeidinha também está derreado...", murmura Saúl, levantando-se como quem vai fazer mais alguma coisa (vício de pescador, sempre à procura de aproveitar mais um pouco do tempo).
-"Espera aí! O Almeidinha é o pai da criança que encontraram presa ao comboio??"
-"É, porquê? Em Vila Franca toda a gente fala nisso! Não sabias? Uma triste coincidência, dois ex-camaradas nossos perderem os filhos assim, de forma tão estúpida..."
As peças do puzzle começaram a formar uma imagem na cabeça de Humberto Sousa.
domingo, 8 de março de 2009
Flash noticioso
Sentado na poltrona de padrões com péssimo gosto, o corpo esgotado apenas mexia o dedo indicador, ordenando que os canais da tv saltassem à vez, numa cacofonia de imagens e sons desconexos.
Até que se deteve num novo canal de notícias-choque, onde o aparato visual parecia indiciar que algo havia sucedido.
A jornalista, com ar de quem nunca viu a vida real até ao momento em que lhe puseram o microfone, tentava descrever o que sucedia para o público vampiricamente àvido de informações detalhadas e cheias de sumo.
"...É como se pode ver atrás de mim, os bombeiros estão agora a tentar desamarrar da composição o corpo do rapaz. Aparentemente alguém prendeu Jonas Almeida, o rapaz que desde ontem tinha sido dado como desaparecido em Vila Franca de Xira, às traseiras deste comboio regional que habitualmente faz o percurso entre Tomar e Lisboa Santa Apolónia. Ao que se sabe, o rapaz foi pendurado à composição já morto ou gravemente ferido, pelos ferimentos que apresenta. Não é possível obter até ao momento as reacções da família emocionada, ou qualquer outra pista sobre o que terá levado alguém a um acto tão bárbaro..."
A câmara que filmava a jornalista focava agora as movimentações nas sua costas, tentando apanhar imagens mais ilustrativas, mas à aparte a multidão que se juntou e alguns casacos vermelhos e azuis que se deslocavam cuidadosamente pelo trilho da linha, nada de especial era possível captar.
Nada, a não ser uma figura familiar. A de um certo ex-inspector da Judiciária, que via toda a cena enquanto as lágrimas fugiam dos seus olhos em direcção ao solo.
-"Não fiques triste, Humberto Sousa... De certeza que esse rapaz não iria ser ninguém na vida, tão ganancioso que era!..." falou o homem de corpo esgotado, enquanto sorria.
Tinha sido deveras cansativo apanhar, matar e prender o rapazinho ao comboio (principalmente a parte de apanhar, pois a idade não perdoa...), mas esta imagem chorosa, transmitida com a cumplicidade televisiva, certamente que compensava...
Até que se deteve num novo canal de notícias-choque, onde o aparato visual parecia indiciar que algo havia sucedido.
A jornalista, com ar de quem nunca viu a vida real até ao momento em que lhe puseram o microfone, tentava descrever o que sucedia para o público vampiricamente àvido de informações detalhadas e cheias de sumo.
"...É como se pode ver atrás de mim, os bombeiros estão agora a tentar desamarrar da composição o corpo do rapaz. Aparentemente alguém prendeu Jonas Almeida, o rapaz que desde ontem tinha sido dado como desaparecido em Vila Franca de Xira, às traseiras deste comboio regional que habitualmente faz o percurso entre Tomar e Lisboa Santa Apolónia. Ao que se sabe, o rapaz foi pendurado à composição já morto ou gravemente ferido, pelos ferimentos que apresenta. Não é possível obter até ao momento as reacções da família emocionada, ou qualquer outra pista sobre o que terá levado alguém a um acto tão bárbaro..."
A câmara que filmava a jornalista focava agora as movimentações nas sua costas, tentando apanhar imagens mais ilustrativas, mas à aparte a multidão que se juntou e alguns casacos vermelhos e azuis que se deslocavam cuidadosamente pelo trilho da linha, nada de especial era possível captar.
Nada, a não ser uma figura familiar. A de um certo ex-inspector da Judiciária, que via toda a cena enquanto as lágrimas fugiam dos seus olhos em direcção ao solo.
-"Não fiques triste, Humberto Sousa... De certeza que esse rapaz não iria ser ninguém na vida, tão ganancioso que era!..." falou o homem de corpo esgotado, enquanto sorria.
Tinha sido deveras cansativo apanhar, matar e prender o rapazinho ao comboio (principalmente a parte de apanhar, pois a idade não perdoa...), mas esta imagem chorosa, transmitida com a cumplicidade televisiva, certamente que compensava...
quarta-feira, 4 de março de 2009
Investigação II
Jardim de Vila Franca. Manhã. Frio.
Os miúdos jogam à bola, indiferentes à temperatura baixa que se fazia sentir. Os corpos agitados, sorridentes, disputam a bola sem medo de quedas, esfoladelas ou querelas pela vitória.
Humberto, que andou em passos largos e confiantes entre o carro e o pequeno ajuntamento de divertidos, abrandou a passada. Os miúdos sempre foram o seu ponto fraco quando era inspector.
Nunca soube como os abordar, compreender... como extrair o melhor das suas mentes, para benefício das investigações em que se viu envolvido.
"Bom, o que tem de ser tem de ser", pensou, enquanto levantava a mão direita.
-"Eh, rapazes, cheguem aqui, se faz favor!", convocou.
-"O que é, sócio?", pergunta o rapaz mais espigadote, de bola debaixo do braço. Humberto revira os olhos e pensa que esta vai ser uma conversa difícil...
-"Algum de vocês viu o que se passou ontem ali no cais?"
-"Então não vimos! Foi bueda fixe, não foi? O tipo 'tava todo marado...", respondeu o mesmo espigadote, olhando para os amigos que se aproximavam, em busca de aprovação grupal. Todos riram.
-" Pois... bom, e algum de vocês viu alguma coisa esquisita? Alguém vos fez um pedido estranho enquanto a polícia estava de volta do corp.... da situação?"
Todos abanaram a cabeça negativamente, com ar surpreso. Humberto percebeu que as suas competências psicológicas não lhe permitiriam obter ali informação útil .
-"OK, então fazemos assim: eu tenho aqui um cartãozinho com o meu número de telemóvel. Se algum de vocês tiver informações sobre o que aconteceu, liguem-me que vou ficar muito agradecido."
-" Ah, 'tá bem... E o que é que a gente ganha com isso, sócio?"
-"Prometo que vos dou umas alvíssaras à maneira!"
-"Alviquê??"
-"Recompensa. Uma recompensa jeitosa."
-"Ah...". O espigadote deixa cair a bola no chão, chutando-a para a zona onde jogavam quando foram interrompidos, e todos correm para reaquecer os corpos que esfriavam.
Enquanto os vê afastarem-se, Humberto sente que este caminho o conduziu a um beco sem saída. Uma caixa cheia de peças que tanto podem ser um puzzle incompleto, mas com sentido, como simples acasos sem sentido.
Enquanto vê o homem velho afastar-se, Jonas aproxima-se do Salinas.
-"Puto, deixa lá ver o cartão do velho."
-"Para quê, Jójó? Queres ir fazer uma visita ao lar de idosos, é?", responde Salinas com um riso gozão, enquanto entrega o cartão beje e prossegue com a disputa da redonda.
-"Achas que sim, otário? Vou mas é mijar e deito essa merda fora!"
Pedro afasta-se com ar despreocupado, até entrar no Pavilhão. Dirige-se à cabine telefónica, introduz algumas moedas, liga para um número que decorou na noite anterior.
-"Quem é?", atende uma voz.
-"Sou eu, o Jójó."
-"Ah... Então, tens novidades?"
-"Acho que sim... Veio cá aquele tipo de ontem, do barco que você me pediu para deixar a carta...perguntar se algum de nós sabia alguma coisa do que aconteceu... Deixou um cartão com o número de telefone."
-"Ai sim?... Dá-me lá esse nome e número, então...", pede a voz calmamente.
-"E guito? Não ganho nada?"
-"Rapaz, rapaz... a ganância é um pecado mortal, não andaste na catequese? Enfim, dá-me o que te pedi, e hoje mesmo vou aí dar-te mais 100 euros, ok?"
O rapaz saltou de animação, com o auscultador na mão esquerda e o cartão na mão direita, e a conversa continuou por mais alguns segundos. Foi a última alegria que teve.
Os miúdos jogam à bola, indiferentes à temperatura baixa que se fazia sentir. Os corpos agitados, sorridentes, disputam a bola sem medo de quedas, esfoladelas ou querelas pela vitória.
Humberto, que andou em passos largos e confiantes entre o carro e o pequeno ajuntamento de divertidos, abrandou a passada. Os miúdos sempre foram o seu ponto fraco quando era inspector.
Nunca soube como os abordar, compreender... como extrair o melhor das suas mentes, para benefício das investigações em que se viu envolvido.
"Bom, o que tem de ser tem de ser", pensou, enquanto levantava a mão direita.
-"Eh, rapazes, cheguem aqui, se faz favor!", convocou.
-"O que é, sócio?", pergunta o rapaz mais espigadote, de bola debaixo do braço. Humberto revira os olhos e pensa que esta vai ser uma conversa difícil...
-"Algum de vocês viu o que se passou ontem ali no cais?"
-"Então não vimos! Foi bueda fixe, não foi? O tipo 'tava todo marado...", respondeu o mesmo espigadote, olhando para os amigos que se aproximavam, em busca de aprovação grupal. Todos riram.
-" Pois... bom, e algum de vocês viu alguma coisa esquisita? Alguém vos fez um pedido estranho enquanto a polícia estava de volta do corp.... da situação?"
Todos abanaram a cabeça negativamente, com ar surpreso. Humberto percebeu que as suas competências psicológicas não lhe permitiriam obter ali informação útil .
-"OK, então fazemos assim: eu tenho aqui um cartãozinho com o meu número de telemóvel. Se algum de vocês tiver informações sobre o que aconteceu, liguem-me que vou ficar muito agradecido."
-" Ah, 'tá bem... E o que é que a gente ganha com isso, sócio?"
-"Prometo que vos dou umas alvíssaras à maneira!"
-"Alviquê??"
-"Recompensa. Uma recompensa jeitosa."
-"Ah...". O espigadote deixa cair a bola no chão, chutando-a para a zona onde jogavam quando foram interrompidos, e todos correm para reaquecer os corpos que esfriavam.
Enquanto os vê afastarem-se, Humberto sente que este caminho o conduziu a um beco sem saída. Uma caixa cheia de peças que tanto podem ser um puzzle incompleto, mas com sentido, como simples acasos sem sentido.
Enquanto vê o homem velho afastar-se, Jonas aproxima-se do Salinas.
-"Puto, deixa lá ver o cartão do velho."
-"Para quê, Jójó? Queres ir fazer uma visita ao lar de idosos, é?", responde Salinas com um riso gozão, enquanto entrega o cartão beje e prossegue com a disputa da redonda.
-"Achas que sim, otário? Vou mas é mijar e deito essa merda fora!"
Pedro afasta-se com ar despreocupado, até entrar no Pavilhão. Dirige-se à cabine telefónica, introduz algumas moedas, liga para um número que decorou na noite anterior.
-"Quem é?", atende uma voz.
-"Sou eu, o Jójó."
-"Ah... Então, tens novidades?"
-"Acho que sim... Veio cá aquele tipo de ontem, do barco que você me pediu para deixar a carta...perguntar se algum de nós sabia alguma coisa do que aconteceu... Deixou um cartão com o número de telefone."
-"Ai sim?... Dá-me lá esse nome e número, então...", pede a voz calmamente.
-"E guito? Não ganho nada?"
-"Rapaz, rapaz... a ganância é um pecado mortal, não andaste na catequese? Enfim, dá-me o que te pedi, e hoje mesmo vou aí dar-te mais 100 euros, ok?"
O rapaz saltou de animação, com o auscultador na mão esquerda e o cartão na mão direita, e a conversa continuou por mais alguns segundos. Foi a última alegria que teve.
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