Quando desceu do sótão do prédio e entrou em casa com a fotografia empoeirada na mão, dirigiu-se imediatamente para a gaveta dos papéis. Abriu-a, retirou uma folha de papel de um branco e brando A3 e uma caneta (resquícios de noites passadas desenrolando esquemas intrincados, ilícitos elaborados por mentes de elevado potencial criminal.
Foi para a mesa da sala, e a casa sentiu que mais uma ideia estava prestes a passar para o papel.
Escreveu os nomes dos colegas e as referências aos corpos, posicionando-os nas suas geografias relativas (Almeida e Sabino acima, cadáver 1 em Vila Franca e cadáver 2 em Santa Apolónia). Escreveu o seu próprio nome, e posicionou-se em Alhandra.
Sabendo que é comum os assassinos agirem num raio de aproximadamente 20 kilómetros, e que o presumível assassino reside muito provavelmente na outra margem do rio, Humberto puxou pelas suas memórias toponímicas.
"Porto Alto é muito longe. Benavente e Samora Correia também..."
Escreveu na folha o nome do suspeito: Marques.
Fez um círculo conectando todos os nomes, até que de repente a questão mais aterrorizadora que já perpassou pela sua cabeça o atingiu como um aríete:
ONDE ESTÁ O MEU FILHO?
quinta-feira, 2 de abril de 2009
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